29 janeiro 2014

ELSIE!

Você com certeza já ouviu falar das famosas SELFIES, não ouviu? Se ainda não, posso tentar te explicar. Trata-se de uma fotografia de autorretrato. Vem do inglês "myself" = "eu mesmo". As Selfies são frequentemente casuais, tiradas com celular ao comprimento do braço ou num espelho. Ou seja, uma foto de você mesmo. Do seu sorriso, seu rosto, seu visual, enfim, você!


Lembrando dessas fotos que estão bombando nas redes sociais, eu fiquei pensando que quando tiramos uma foto, ou tiram uma foto nossa em um grupo ou uma ocasião, pelo menos duas coisas a nosso respeito são reveladas.

Por exemplo, alguém bate uma foto em que você está. Ao te mostrar a foto quem é a primeira pessoa que você olha na foto? Você, claro. Mas se você piscou ou não saiu bem na foto, imediatamente você pede para bater novamente, afinal você quer sair literalmente bem na foto, não é mesmo?

O narcisismo é o desejo de ser belo e ser reconhecido como belo, você quer ser bonito e que os outros o percebam como tal. Eu acho que o narcisismo bebe na fonte do egoísmo, e por isso talvez seja o que nos mova a, numa foto, procurar nosso rostinho antes de mais nada. Essa é uma das coisas que creio que uma simples fotinha pode falar a respeito da gente.

A outra, é o triunfalismo, que é o desejo de ter sucesso, de se sair bem, ser bem sucedido. Essa eu já acho que é melhor ilustrada quando pedimos pra bater de novo quando não saímos bem na foto: "bate outra, pisquei"; "Nossa fiquei gorda nessa, vamos tirar outra"; "Tira daqui pra cima, tá bom?".

Pensando então na SELFIE, e nessas características que acabam fazendo parte da gente, meio que centradas em nós, e até meio egoístas, foi que cogitei pensar em: ELSIE's, que tal?

Partiríamos do mesmo ponto, do inglês, só que ao invés de SELF "eu mesmo", tomaríamos agora outra expressão, que poderia ser: "SOMEONE ELSE", que seria "ALHEIO" ou "DE OUTRA PESSOA", o que nos dá, ao invés de Selfie, ELSIE!


Sendo assim, a foto, o centro, o assunto, já não seria mais você ou eu, mas alguém como sendo mais importante do que nós mesmos. A bem da verdade isso não é novo, já está escrito há muito tempo:

"Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, CONSIDERANDO CADA UM OS OUTROS SUPERIORES A SI MESMO". (Filipenses 2.3)






21 janeiro 2014

JARLE BERNHOFT!

Durante o tempo que morei na Noruega conheci algumas coisas. Uma delas aconteceu um dia pela manhã, acho que era sexta-feira. Até porque na sexta que o Jonas, um vizinho e amigo norueguês, colocava o som bem alto logo cedo. Sempre músicas bem animadas!

Numa dessas manhãs ele soltou o som de Jarle Bernhoft e sua música: C'mon talk. Foi demais! Uma música bem pra cima, cheia de ritmo que faz qualquer alce começar a dançar na floresta norueguesa. Até a neve que estava no telhado da casa escorregou com a potência da música!

Ao encontrá-lo depois perguntei de quem era a tal música. Ele me contou e fui correndo para o You Tube ouvir mais do fulano norueguês. Ao descobrir a tal música percebi que além de boa música o camarada era meio prodígio.

Ele tocava tudo sozinho?!?! Éh, tipo sentava com um violão e um pedal cheio de botões, além de dois microfones onde ia grafando sons, ritmos e batidas que iam formando a música. Como diria meu pequeno sobrinho Paulo Beto: "Interessante", pensei! Na verdade legal demais. A música que já tinha me conquistado agora ficara ainda mais atrativa, pois o fera fazia tudo sozinho.

Ao ver e rever o tal Jarle tocando aquela minha música preferida fiquei pensando: "Cara, se ele errar alguma coisinha estraga tudo". Afinal era tudo tão encaixado e sincronizado que um vacilo e pronto, já era!

Foi quando me lembrei de um versinho intrigante da Bíblia que diz assim: "Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos" (Tiago 2.10). Intrigante, não é? Me pareceu que não faz diferença se usamos uma pedrinha ou um pedregulho para quebrar uma janela, o fato é que a janela foi quebrada!

Pois bem, quebramos, não a janela, mas a lei de Deus que é perfeita. Logo, se quebramos e sabemos que quebramos, por querer ou não, seja com pedra ou bola, o fato é que quebramos. Então, somos culpados! Por que a gente não assume de uma vez por todas, né?

Só culpados precisam de advogados, se não temos culpa, pra quê um advogado?









Ps.: Errado, eu? Até parece!