10 fevereiro 2010

SANGUE!

Sangue!

 

Sabe como é início de ano, né?

Check-up, vontade de fazer tudo certo, cuidar da saúde, o tempo já se mostra mais implacável do que nunca, então só nos resta lutar com o que ainda é possível para poder minimizar os sinais dos anos. Um deles, o peso!

 

Uma das médicas que consultei no início deste ano me pediu alguns exames, vários!

Obviamente me recuso a fazer e coletar aqueles exames constrangedores que não preciso descrevê-los aqui.

Essa história de: “me dá um potinho”, guardar, e ainda andar com aquilo até o laboratório é dramático demais.

 

Admiro os que permanecem obedientes e atendem aos pedidos médicos desse tipo de exame, parabéns!

Só que, o de sangue, esse eu não tinha como correr, senão eu não teria nada para apresentar às médicas.

MORRO de medo de hospital, médico, seringa, sangue ou qualquer coisa que lembre que terei de enfrentá-los.

 

Não tenho problema quando é com outra pessoa, até encaro, mas quando sou eu...aff!

 

Fato é que eu já sou um marmanjo e não tem como correr, fui fazer o tal exame.

Jejum (dureza ficar sem comer, viu) cheguei a postergar um dia pois não agüentei de fome.

No dia propício, bem cedinho, fui ao tal laboratório. Muito organizado por sinal!

 

Feito a burocracia, carteirinha, dados, senha, ficha, agora é só esperar.

Junto a algumas pessoas eu estava na ante-sala sentado numa cadeira, sem assunto, lendo uma revista à medida que as mocinhas da seringa iam chamando as vítimas. Eu só na contagem regressiva!

 

“Fulano!” chamava a mocinha. “Dona Ciclana!” um tic tac interminável.

Dá vontade de desistir, mas... sou macho, rapá!

E assim seguia a romaria da coleta do líquido vermelho.

 

Algo muito inusitado e espontâneo aconteceu e eu não poderia deixar de te contar.

Havia algumas crianças lá que iriam se submeter ao tal exame da seringa que quer sangue.

 

De repente a mocinha chamou o próximo: “Luiz Felipe!”.

A resposta do menino, acompanhado por seu pai foi: “ah, nem...”.

Uma expressão idiomática típica de Goiás que pode ser traduzida por: “ah, não!”, “que decepção!” ou algo do tipo.

 

O pai muito sábio o estimulou com o que funciona comigo até hoje: “Bora, rapaz, você é homem!”.

Pronto vendo o menino sumir no corredor dos sanguessuga eu me animei um pouco mais e na minha vez nada como não ousar tentar olhar para a seringa e ficar com olhos fixos na mocinha da seringa e não parar de conversar com ela.

 

A fala do Luiz Felipe me lembrou uma passagem bíblica de Alguém que soltou um “ah, nem”, mas como Luiz Felipe não deixou de obedecer à vontade do pai.

 

 

Marcos 14.36:

“E dizia: Aba Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres”. (Bingo! Jesus fez o “exame”, se entregou na cruz por mim e por todos os que o confessem como salvador).

 

 

Pela Cruz,

Carlos Henrique

 

Ps.: Que tal você marcar seu exame? Não, sangue não, de consciência!

 

2 comentários:

  1. "Ah nem" foi ótimo! eaeahuahuae

    Eu também sou assim...
    Exame de sangue... Ah nemmmmmmmmm

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  2. Tem um vídeo no youtube "cacete de agulha"...
    o pessoal do banco de sangue se pudesse tirava ele porque depois que ele foi ao ar, as doações despencaram.
    No lugar de ah nem eu prefiro um "tem base não sô".
    Valeu crovis.

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