17 agosto 2010

GAZE!

Gaze!

 

Tenho o costume de tentar ler alguns textos em inglês, primeiro pelo conteúdo e depois pelo próprio inglês. Fato é que esses dias li o título de um texto que trazia esta palavra – GAZE. Acabei não podendo ler o texto, mas fiquei com essa palavrinha na cabeça “gaze!”.

 

Aconteceu que uns dias depois fui a um ensaio de coral, sabia que eu tô num coral??? Pois é, minha voz é podre, mas sim, eu estou num coral, e veja você o que me aconteceu... Um amigo estava no ensaio e deixou em cima da cadeira ao lado um livro escrito em inglês, com o título – Fixing my gaze. Puxa vida! Eu entendi o fixing, entendi o my, mas o gaze...saco! Continuava sem saber.

 

Perguntei pra ele na hora: “o que significa Gaze?” Visão, olhar, algo assim, disse ele. Fatalmente ele começou a me contar do livro e sobre o que tratava Fixing my gaze, algo como – Consertando, arrumando, ajeitando minha visão, meu olhar ou algo que o valha.

 

Na hora me lembrei de uma historinha que minha esposa havia me contado dias antes sobre uma senhora que sempre comentava com as amigas que sua vizinha tinha os lençóis mais encardidos do bairro. “éh, sujos mesmo, menina, precisa ver!” “Credo, sério?” “tô dizendo, tudo amarelado, sujo, como que a família dela pode dormir em lençóis como aqueles, eca!”. A fofoca não parava, o falatório era oxigenado sempre que uma vez por semana a tal vizinha estendia seus lençóis no varal e a fofoqueira os enxergava de sua janela.

 

Prontamente ligava para sua amiga e logo após os “oi´s e aí, tudo bem?” o tema era recorrente – os lençóis encardidos! Fato é que um belo dia esta senhora decidiu fazer uma faxina em sua casa do piso ao teto. Qual não foi sua surpresa ao chegar às janelas??? Ela notara que suas vidraças estavam sujas, empoeiradas, imundas e de imediato começou a limpá-las.

 

Naquela mesma tarde sua vizinha, como de costume, estendia seus lençóis. Do outro lado sua vizinha fofoqueira, casada da faxina sentada em sua poltrona, contemplava-a através de sua janela.

 

Imediatamente pulou da poltrona, pegou o telefone e ligou pra uma de suas comparsas de fofoca: “Menina, milagre!” “que foi?” “Os lençóis da sujismunda estão lindos!” “Não acredito!!!” “pra dizer a verdade estão mais brancos que os nossos, menina!” “mentira! Para com isso!” “Tô te falando, pra dizer a verdade, tô até com inveja!”.

 

Só que, enquanto ouvia sua comparsa continuar a falar algo roubara sua atenção. Um feixe de luz batia em sua janela e iluminava um quadradinho de vidro de sua janela que ficara sem limpar e ao olhar os lençóis da vizinha através daquele quadradinho de vidro ainda imundo, os lençóis continuavam encardidos.

 

Boquiaberta ela cai em si e meio que de súbito já com voz bem menos eufórica, atônita na verdade, ela diz: “tenho que desligar” “que foi, mulher?” “nada, depois te explico, tchau, tenho que desligar”.

 

 

Mateus 7.5 – “Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão”.

 

Pela Cruz,

Carlos Henrique

 

Ps.: Parafraseando o telefone, quando for apontar o dedo lembra primeiro de: tu tu tu tu tu tu.

3 comentários:

  1. É meu amigo, como diz um ditado: "falar dos outros não pode, MAS DISTRAI que é uma beleza"! E nessa nós vamos aumentando nossa mochila de pecados.

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  2. Carlitos, nossa maior dificuldade não é consertar nosso olhar...acabei de descobrir que para isso bastam umas cirugias e exercícios....dificil mesmo é consertar nossa vida!
    Dou graças a Deus por ele ter criado uma maneira eficiente para isto e que esta maneira depende basicamente dEle, se dependesse de nós...
    Um grande abraço,
    Gustavo

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  3. Tu tu tu tu

    UEAuhUHEAuh
    Boa! =D

    Renan

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