05 julho 2011

AMAZÔNIA!

Amazônia!

 

Tive uma oportunidade única e extremamente privilegiada.

Acredita que conheci o coração da floresta Amazônica?

 

A voadeira, como é chamado o barquinho que viajamos, parecia muito frágil diante daquele abundante volume de água cortando um mundo verde. Verdadeiramente é um mundo infindável de verde, verde e mais verde. Todos os tons, ali fica fácil enxergar a paleta de cores com indescritíveis cores onde se predominava o azul do céu, o verde da floresta e o tom amarronzado dos rios. Lindo demais!

 

Sim, mas e deu medo?

 

Deu sim. MUITO! Afinal de contas a medida que deixamos a cidade de São Gabriel da Cachoeira para trás, diante de nós apenas mato e água. Devido ao rio estar bem cheio nem a margem era possível enxergar, as vezes por horas, pois as águas encontravam as copas das árvores que ficam nas margens do rio quando seco.

 

E se o motor enguiça?

 

Teríamos que remar, encontrar um lugar e esperar. Obviamente tínhamos conosco um telefone via satélite para qualquer eventualidade, mas mesmo ele só funcionaria com o céu bem aberto, pois as árvores podem impedir seu bom funcionamento.

 

Navegamos por 6 horas, uma parada em uma cidadezinha as margens de um rio de outro nome, Uaupés, e no outro dia continuamos por mais 6 horas de barquinho até um ponto da floresta que parecia apenas floresta. Mas era a entrada de uma trilha que daria acesso a uma comunidade indígena remota.

 

Como se não bastasse todo o trajeto de barco a trilha que nos aguardava seriam inimagináveis 6 km mata a dentro. Confesso que 6 km na mata não é como os 8 km que tenho o costume de correr no bairro onde moro. Imagine você que faço estes 8 km correndo em 40 minutos em média. Mas os 6 km na mata nos tomaram 02 horas até chegarmos na visão mais deslumbrante: uma comunidade indígena inteirinha vivendo ali no coração da floresta amazônica. (todo mundo de roupa, diga-se de passagem).

 

Obviamente eu teria muitos detalhes e experiências pra te contar, mas o que desejo é lembrar de coisas óbvias como: O quão distante estávamos da civilização, logo, energia, hospitais, remédios, ou qualquer outro necessidade, caso fosse muito urgente, teria que esperar uma trilha de 6 km na selva, mais 12 horas de barco para então retornar a São Gabriel da Cachoeira que até tem muitos recursos, mas o hospital não é nem de longe como os nossos e o telefone celular, pra você ter uma idéia, ficou sem funcionar por uma semana por problemas na torre.

 

Então eu te pergunto: um lugar tão longe assim, índios tão afastados de tudo o que seria necessário, mesmo nós, visitantes, caso acontecesse alguma coisa, o que seria de nós? O que será daqueles indígenas que continuam lá?

 

É por essas e por outras que o meu livrinho de cabeceira continua imbatível. Quando você se sentir só, abandonado, que ninguém se lembra de você ou nota, ou vê o que está acontecendo em sua vida, ou em sua história, o que você está passando ou vivendo eis a velha Bíblia nos trazendo paz e conforto na certeza de que estamos sendo acompanhados.

 

Salmo 33.13-15: “O SENHOR olha dos céus; vê todos os filhos dos homens; do lugar de sua morada, observa todos os moradores da terra, ele, que forma o coração de todos eles, que contempla todas as suas obras”.

 

 

Pela Cruz,

Carlos Henrique

 

Ps.: Monitoramento 24 horas!

7 comentários:

  1. priscillancp@gmail.com5 de julho de 2011 às 13:30

    Oi Carlos, eu e meu marido já conhecemos a Amazônia, e posso dizer que foi uma das experiencias mais incríveis que tivemos! Deus é muito perfeito em Sua criação. Parabéns pelo passeio!!! Priscilla

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  2. É, amigo... eu te entendo bem... hehehe!!!

    Um abraço, padim!!!

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  3. Oi, amigo Carlos.
    Que bom que está de volta.
    Imagino como essa viagem deve ter sido uma experiência incrível.
    Precisamos marcar uma saída para nos contar as suas aventuras.
    Que Deus continue te abençoando.
    Grande abraço,
    Cleverson e Lu

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  4. Carlitos,
    É sempre bom ouvir sobre suas viagens.
    Que Deus continue a te abençoar nelas. E, principalmente, a vc e a Nanda la na Noruega...
    Depois queremos saber mais sobre a Amazonia!!

    Bjos
    Mariana

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  5. Carlos,

    Fiquei com o coração fervendo de alegria! Que grande bênção! Que Deus o abençoe nesse ministério maravilhoso.

    Um abração,
    Fly

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  6. E AÍ, O QUE QUE VOCÊS FIZERAM LÁ? QUANTO TEMPO PASSARAM? FOI TURISMO MESMO? COMO FAZ QUEM QUER IR?

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  7. Grato pelos comentários, pessoal!
    Quanto as últimas perguntinhas:
    - Levamos atendimento médico e odontológico;
    - Ficamos com os indígenas por dois dias apenas;
    - Não é bem turismo, mas conheci um pedacinho do Brasil que dificilmente conheceria se não fosse pela motivação em alcançar aqueles indígenas;
    - A última pergunta é a mais difícil, pois eu mesmo jamais poderia ir, mas Deus foi tão bom que me enviou, taí, minha dica é que você fale com Ele, creio que as portas irão se abrir, se Deus quiser!

    Abraço à todos!

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