AMARELO!

Sou de Brasília, ou pelo menos era!

Bem na verdade nasci em Goiânia, cresci em Brasília e agora moro na Noruega. O futuro, ichi, só Deus sabe!

 

Fato é que, uma das últimas imagens que guardei na minha memória de Brasília, antes de vir pra cá, foi a do ipê amarelo.

 

Nessa época do ano Brasília vira notícia, não pela corrupção que todo ano é notícia por lá, mas sim pela seca! Seca de verdade, os gramados da esplanada dos ministérios outrora verdinhos, agora ficam seco, a cidade lembra verdadeiramente um deserto.

 

Tudo seca, perde a cor, fica meio que marrom, venta muito, poeira entra por todos os cantos, queimadas acabam com o cerrado ao redor da cidade, parece que tudo vai acabar...

 

Mas como disse, eis que a estrela é o ipê amarelo. Essa foto representa bem Brasília nesta época de seca, pois o céu fica sem nuvens, azulzinho, parece o mar, e o resto da vegetação: podre, seca, quase morta!

 

Tá, mas por que isso tem a ver comigo e com você?

 

Porque bem sei que isso acontece com a gente. Fala se não é assim? Quando todo mundo ao seu redor se dando bem, verdinho, dando flores, sucesso na vida, namorando, promoção no emprego, fulano casou, ciclano pegou uma gata, mas só você não passa no concurso, não pega nem gripe, NADA acontece pra você, tá seco, sem flores, nada dá certo.

 

No entanto, passa o tempo e o que acontece? Voilà!

 

Eis que todo mundo agora ao seu redor tá seco, fraco, nada dá certo, a queimada derrete as forças do seus vizinhos, o sol castiga, a beleza se vai, as promoções caem, tudo muda, mas espera, olha pra você?!?! Lindo! Cheios de flores, até caem no chão de tanto volume, um amarelo forte que parece roubar a luminosidade do sol!

 

Pois bem, este é o ipê amarelo, ou melhor, você, quem sabe. Força, amigo, continue fincado onde está, insista um pouco mais, creia que Deus existe e pode escutá-lo, clame, grite, ore: DEUS!!! Olha pra mim!!!!!! Creia, Ele escuta sim.

 

Salmo 40.1 "Esperei confiantemente pelo SENHOR; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro".

 

Pela Cruz,

Carlos Henrique     

 

Ps.: Força, velho ipê amarelo, força!