11 novembro 2009

Raiva!

RAIVA!

 

Há poucos dias atrás estudei um pouco sobre algo que li na Bíblia: “amei seus inimigos”.

Dizer que isso é difícil é como dizem: “chover no molhado”.

 

Bem, tendo estudado este tema há poucos dias, olha só o que me aconteceu nesta segunda-feira:

 

Tenho o costume de praticar squash com alguma freqüência, tipo umas 3 vezes por semana.

Fato é que como dois grandes parceiros viajaram por longos períodos acabei ficando sem jogar um tempinho.

 

Pois bem, me lembrei que na academia que jogo, no preço que pago, está incluso um serviço de rebatedor.

Rebatedor é um funcionário que fica à disposição daqueles que na falta de parceiro não deixem de jogar.

 

“Legal!”, pensei eu.

 

Louco pra voltar a treinar, liguei na academia e perguntei se tinha o rebatedor disponível às 16:00 horas.

Bingo, tinha! Fiquei feliz da vida e fui jogar. Cheguei lá a secretária falaou: “Ooooiiiiiiiii, Carlos Henrique!”.

Pois é, coisa e tal, quem tá vivo sempre aparece, blá blá blá.

 

Enfim, ela falou, vai lá se trocar que o Fulano irá rebater pra você.

Me troquei, fui para quadra, comecei a me aquecer, rebati alguns minutos até que sai da quadra pra ver se o Fulaninho já estava vindo, afinal já tinha passado um bom tempo.

 

Saindo da quadra o vi na lanchonete com um fone de ouvido.

Cumprimentei à distância, me sentei e fiquei esperando.

Alguns minutos depois ele passou por mim eu o cumprimentei e junto fiz uma perguntinha:

“Olá, vamos bater uma bolinha?” Ele respondeu: “Espera 15 minutos” (seco assim).

 

Ops, acho que você já está entendendo o título do post de hoje.

Nesse exato momento minha cabeça ficou a mil por hora.

 

  • Esganá-lo passou pela minha cabeça;
  • Humilhá-lo também passou;
  • Que tal xingá-lo?! Também pensei nisso;
  • Discutir de forma ácida dizendo poucas e boas, também pensei;
  • Dar um show, mostrando o quanto ele estava sendo relapso, também;
  • Esbravejar dizendo que eu “tô pagaaando”, pensei também;

 

Chega, não consigo lembrar tudo que pensei e nem é bom ficar lembrando.

Mas também pensei no terror dissimulado, brando, entre linhas, sutil, podre e não menos baixo:

 

  • Guardar minha raquete e dizer, “não precisa mais” (tipo bico de menino emburrado);
  • Inventar (mentir mesmo) dizendo: “puxa, me lembrei de um compromisso” e sair fora;
  • Esperá-lo além do tempo do meu aquecimento mais os 15 minutos e quando ele vier, dizer: “tenho que ir”;

 

Chega também, não vale a pena você saber mais o que eu arquitetava em minha cabeça.

 

Parado, meio que olhando para um ponto perdido, pensando em fração de segundos todos esses absurdos algo me dizia, calma Carlos Henrique, fica calmo, pra quê ficar nervoso, espera, quando ele vier joga e fica tranqüilo. Deixa o menino, vai brigar por causa disso?

 

Esperei mais um pouco e bingo, ele decidiu jogar.

Entrou em quadra, aqueceu um pouco e após algumas batidas me convidou, vamos começar?

A resposta entalada era: “Ufa, até quinfim!”, mas saiu apenas um sonoro: “bora!”.

 

Começamos a jogar, contagem oficial, 11 pontos sem vantagem e em alguns minutos de bom jogo terminamos a primeira partida. Iniciamos a segunda imediatamente depois e ao final desta tínhamos jogado uns 20 minutos no máximo.

 

Pra que você entenda, normalmente se joga pelo menos 1 hora, onde neste tempo jogaríamos algumas partidas.

MAAAAAAAAAsssssssssss, para embalar ainda mais meu ódio, após a segunda partida ele, sem falar um A, me cumprimentou com um toque de mão e saiu da quadra. (isso mesmo, sem falar nada nem dizer que pararia, porque pararia ou qualquer outra satisfação).

 

Fala sério vai, nem você suportaria!

Advinha o que eu fiz?

Sem olhar nas alternativas acima, tenta imaginar.

Advinha?

 

NNNNNNNNNAAAAAAAAAAAAADDDDDDDDDDDDDAAAAAAAAAAAAA!

Isso mesmo nadinha, nadica de nada, nothing, zero, vácuo, NADA!

 

Meu mérito nisso tudo?

Tal qual minha reação: NADA, nenhum, zero.

O nome desse blog é bem o que aconteceu comigo, mudei 180ºs.

 

Ir contra você mesmo É A COISA MAIS DIFÍCIL DO PLANETA TERRA!

Nem eu me reconheci. Um cara chato desse e eu lá, me senti até meio pateta sem fazer nada.

 

Quer saber, no final fico mais feliz de tudo ter terminado assim, do que ter que confessar aqui o meu pecado de ter esculhambado com o rapazinho e chorar as pitangas de não ter me controlado.

 

Como disse o mérito é de alguém que te apresento agora.

 

João 3.30

“Convém que ele (Deus) cresça e que eu diminua”.

 

 

Pela Cruz,

Carlos Henrique

 

Ps.: Pronto, passou, passou...!

4 comentários:

  1. Como é difícil ser crente!!!
    Deus abençoe!
    Beijos
    sua esposinha

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  2. Controlar a raiva é tenso!!

    Mas eu ainda acho que você devia reclamar desse rapaz... Afinal, ele não fez o serviço dele direito, e prejudicou alguem não?

    o.O

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  3. Carlos, to gostando do que estou lendo. =)
    Te conheco?

    Paula Alvim

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  4. Nandíssima,

    Obrigado pelo carinho de sempre.

    Renan,

    A vingança pertence ao Senhor!

    Paula,

    Acho que não mas agora temos algo em comum, as portas estão abertas, volte sempre!

    Grande abraço,
    Carlos Henrique

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