13 abril 2010

#2 - Resposta!

Chico Xavier!

 

Quando se fala em Chico Xavier a primeira coisa que vem a sua mente é... MÉDIUM!

Então, vamos entender um pouquinho mais do que quer dizer essa palavra segundo o dicionário Michaelis.

 

Médium:

“Pessoa capaz de estabelecer relações entre o mundo visível e o mundo invisível; pessoa que, segundo os espíritas, pode servir de intermediário entre os vivos e os espíritos dos mortos.”

 

Então, quem fala com morto é necromante, aquele que pratica a necromancia, não é? Vamos ver o que significa.

 

Necromancia:

“Pretensa arte de adivinhar pela invocação dos mortos; Encantamento, magia.”

 

Agora vamos ver o que a Bíblia diz sobre médium e necromantes:

 

Levítico 19.31 – “Não vos voltareis para os necromantes, nem para os adivinhos; não procurareis para serdes contaminados por eles. Eu sou o SENHOR, vosso Deus.”

 

Levítico 20.6 – “Quando alguém se virar para os necromantes e feiticeiros, para se prostituir com eles, eu me voltarei contra ele e o eliminarei do meio do seu povo.”

 

Levítico 20.27 – “O homem ou mulher que sejam necromantes ou sejam feiticeiros serão mortos; serão apedrejados; o seu sangue cairá sobre eles.”

 

Deuteronômio 18.11e12 – “Nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR, teu Deus, os lança de ti.”

 

I Samuel 28.3 – “...Saul havia desterrado os médiuns e os adivinhos.”

 

I Samuel 28.7 – “Então, disse Saul aos seus servos: Apontai-me uma mulher que seja médium, para que me encontre com ela e a consulte. Disseram-lhe os seus servos: Há uma mulher em En-Dor que é médium.”

 

I Crônicas 10.13 – “Assim, morreu Saul por causa da sua transgressão cometida contra o SENHOR, por causa da palavra do SENHOR, que ele não guardara; e também porque interrogara e consultara uma necromante.”

 

II Crônicas 33.6 – “Adivinhava pelas nuvens, era agoureiro, praticava feitiçaria, tratava com necromantes e feiticeiros e prosseguiu em fazer o que era mau perante o SENHOR”.

 

Já bastaria para você nunca mais colocar o pé nesses lugares, porém se você ainda tem dúvidas, vamos lá!

 

Olha essa história:

 

Atos 16.16-18

“Aconteceu que, indo nós para o lugar de oração, nos saiu ao encontro uma jovem possessa de espírito adivinhador, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores. Seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens são servos do Deus Altíssimo e vos anunciam o caminho da salvação. Isto se repetia por muitos dias. Então, Paulo, já indignado, voltando-se, disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, eu te mando: retira-te dela. E ele, na mesma hora, saiu.”

 

Note que a jovem possessa dava GRANDE lucro aos seus senhores, o que nos enseja que suas adivinhações deviam funcionar. Veja ainda que ao ver os servos de Deus ela os seguia e dizia, sem parar, uma verdade: “Estes homens são servos do Deus Altíssimo e vos anunciam o caminho da salvação”. Entretanto qual a reação do apóstolo Paulo? “Em nome de Jesus Cristo, eu te mando: retira-te” afinal Paulo não se guiava por algo que funciona, mas pela palavra de Deus que é clara em ser contra necromancia, mediunidade, magia, adivinhações e tudo o que caiba neste pote de abominações.

 

Talvez você se pergunte: ué, mas funciona! Quantas cartas psicografadas trazem detalhes!

Nunca foram os mortos, mas o inimigo (satanás) quem sussurrou cada uma dessas cartas.

Aí, você me pergunta: Como você diz uma coisa dessas!!!

Porque é impossível morto voltar para avisar ou dar qualquer recado aos vivos!

 

Senão vejamos:

 

Lucas 16.19,20 – “Ora, havia certo homem rico...havia também certo mendigo, chamado Lázaro...”.

Lucas 16.22 – “Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos...morreu também o rico e foi sepultado”.

Lucas 16.23 – “No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe Deus e Lázaro no céu”.

 

Lucas 16.24 – “Então, clamando, disse: Pai...tem misericórdia de mim!” Mas Deus respondeu: Lucas 16.26 – “...está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós”.

 

Lucas 16.27,28 – “Então, replicou (o rico): Pai, eu te imploro que mandes à minha casa paterna, porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de não virem também para este lugar de tormento”.

 

Deus respondeu - Lucas 16.29: “...Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos”. Ou seja, eles têm a Bíblia, leiam!

Mas o rico insistiu – Lucas 16.30: “Não...se alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão.”

 

Então, Deus disse que se eles não crêem na Bíblia, nem mesmo se um morto ressuscitasse acreditariam – Lucas 16.31:

“...porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos.”

 

E se você ainda acha que mortos voltam de alguma forma, seja em mensagem ou em reencarnação olha isso:

 

Jó 7.9 – “Tal como a nuvem se desfaz e passa, aquele que desce à sepultura jamais tornará a subir.”

 

Jó 7.10 – “Nunca mais tornará à sua casa, nem o lugar onde habita o conhecerá jamais.”

 

Jó 10.21 – “antes que eu vá para o lugar de que não voltarei, para a terra das trevas e da sombra da morte”.

 

Eclesiastes 3.22 – “...quem o fará voltar para ver o que será depois...?”

 

Hebreus 9.27: “...aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo”.

 

 

Se você tem um coleguinha que ainda acredita em Chico Xavier, assiste o filme e aplaude, te deixo essa última:

 

II Coríntios 11.13-14

“Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolo de Cristo. E não é de se admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz.”

 

 

Pela Cruz,

Carlos Henrique

 

Ps.: Xô satanás!

37 comentários:

  1. Cara... sempre recebo os emails e leio sempre. De vez em quando gosto, em outras não. Mas desta vez foi MUITO bom!!

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  2. Os espíritas n tem tipo uma bíblia adaptada da Bíblia????

    Como que eles conseguiram modificar tanto a Bíblia pra fazer essas coisas parecerem OK ??

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  3. Eles tem uma versão modificada e resumida pq a biblia eh mto fina, se for fazer um pocket cabe em um post-it...

    E o diabo conhece a bíblia mais do que qualquer um de nós jamais conhecerá, logo ele sabe nos tapear com a Palavra...

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  4. Bem, uma coisa eu sei, se seu intuito era citar a bíblia literalmente, nesse post você se superou! Muito legal!

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  5. provavelmente esses textos que foram escritos na biblia 300 anos apos a morte de jesus, foram um pretesto para adotar o cristianismo como a religiao oficial de roma, e acabar com as outras.

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  6. Queridos,

    Eles tem sim "tipo uma bíblia" basicamente os evangelhos, mas tiram algumas lições morais, com aderência ao espiritismo, de outros livros da bíblia também.

    Porém...

    Ap 22.19 - "e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida".

    Abs,
    Carlos Henrique

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  7. Obrigado pelo estímulo, pessoal!

    Abs,
    Carlos Henrique

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  8. Caro Anônimo que disse:

    "provavelmente esses textos que foram escritos na biblia 300 anos apos a morte de jesus, foram um pretesto para adotar o cristianismo como a religiao oficial de roma, e acabar com as outras."

    Você se enganou, cara! O Antigo Testamento é antes de Cristo. E a Bíblia foi terminada 100 anos após a morte de Cristo e não 300.

    A religião oficial de Roma é o catolicismo, que até crê em Cristo.

    Agora, quanto acabar com as demais religiões, eu adoraria, mas esta é minha vontade, de um cara pecador, pois Deus fez o contrário, olha só:

    Rm 1.24 - "Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia".

    Abs,
    Carlos Henrique

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  9. Os relatos bíblicos nos dão conta que o intercâmbio com os mortos eram fatos corriqueiros na vida dos hebreus. Por outro lado, quase todos os povos, com quem mantiveram contato, tinham práticas relacionadas à evocação dos espíritos para fins de adivinhação, denominada necromancia. O Dicionário Bíblico Universal nos dá a seguinte explicação sobre ela:

    Meio de adivinhação interrogando um morto. Babilônios, egípcios, gregos a praticavam. Heliodoro, autor grego do III ou do século IV d.C., relata uma cena semelhante àquela descrita em 1Sm (Etíope 6,14). O Deuteronômio atribui aos habitantes da Palestina “a interrogação dos espíritos ou a evocação dos mortos” (18,11). Os israelitas também se entregaram a essas práticas, mas logo são condenadas, particularmente por Saul (1Sm 28,3B).

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  10. Continuação - Mas, forçado pela necessidade, o rei manda evocar a sombra de Samuel (28, 7-25): patético, o relato constitui uma das mais impressionantes páginas da Bíblia. Mais tarde, Isaías atesta uma prática bastante difundida (Is 8,19): parece que ele ouviu “uma voz como a de um fantasma que vem da terra” (29,4). Manasses favoreceu a prática da necromancia (2Rs 21,6), mas Josias a eliminou quando fez sua reforma (2Rs 23,24). Então o Deuteronômio considera a necromancia e as outras práticas divinatórias como “abominação” diante de Deus, e como o motivo da destruição das nações, efetuada pelo Senhor em favor de Israel (18,12). O Levítico considera a necromancia como ocasião de impureza e condena os necromantes à morte por apedrejamento (19,31; 20,27). (Pág. 556).

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  11. continuação - Iremos ver, no decorrer desse estudo, algumas dessas passagens, mas, por hora, apenas destacaremos:
    Não se dirijam aos necromantes, nem consultem adivinhos, porque eles tornariam vocês impuros. Eu sou Javé, o Deus de vocês. (Lv 19,31).
    Quem recorrer aos necromantes e adivinhos, para se prostituir com eles, eu me voltarei contra esse homem e o eliminarei do seu povo. (Lv 20,6).
    Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te der, não apreenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos. Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal cousa é abominação ao Senhor; e por tais abominações o Senhor teu Deus os lança de diante de ti. Perfeito serás para com o Senhor teu Deus. Porque estas nações, que hás de possuir, ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porém a ti o Senhor teu Deus não permitiu tal cousa. (Dt 18,9-14).

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  12. As três passagens acima dizem respeito à adivinhação e à necromancia – que é um tipo de adivinhação, conforme explicação, já citada, do dicionário –, devemos observar que elas se encontram entre as proibições. A preocupação central era proibir qualquer tipo de coisa relacionada à adivinhação, não importando por qual meio fosse realizada, como fica claro pela última passagem onde se diz “... estas nações, .... ouvem os prognosticadores e os adivinhadores...”, reunindo assim todas as práticas a essas duas.
    Por outro lado, a grande questão a ser levantada é: os mortos atendiam às evocações ou não? Se não, por que da proibição? Seria ilógico proibir algo que não acontece. Teremos que tentar encontrar as razões de tal proibição. Duas podemos destacar. A primeira é que consideravam deuses os espíritos dos mortos, mais à frente iremos ver sobre isso, quando falarmos de 1Sm 28. Levando-se em conta que era necessário manter, a todo custo, a idéia de um Deus único, Moisés, sabiamente, institui a proibição de qualquer evento que viesse a prejudicar essa unicidade divina. As consultas deveriam ser dirigidas somente a Deus, daí, por forças das circunstâncias, precisou proibir todas as outras. A segunda estaria relacionada ao motivo pelo qual iam consultar-se aos mortos. Normalmente, eram para coisas relacionadas ao futuro, como no caso de Saul que iremos ver logo à frente, ou para situações até ridículas, quando, por exemplo, do desaparecimento das jumentas de Cis, em que Saul, seu filho, procura um vidente, para que ele dissesse onde poderiam encontrá-las.

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  13. continuação - A figura do profeta aparece como sendo a pessoa que tinha poderes para fazer consultas a Deus, ou receber da divindade as revelações que deveriam ser transmitidas ao povo. Em razão de querer a exclusividade das consultas a Deus, por meio dos profetas, é que Moisés disse que: “Javé seu Deus fará surgir, dentre seus irmãos, um profeta como eu em seu meio, e vocês ouvirão”. (Dt 18,15). Elucidamos essa questão com o seguinte passo: “Em Israel, antigamente, quando alguém ia consultar a Deus, costumava dizer: 'Vamos ao vidente'. Porque, em lugar de 'profeta', como se diz hoje, dizia-se 'vidente'”. (1Sm 9,9). O que é vidente senão quem tem a faculdade de ver os espíritos? Poderá, em alguns casos, ver inclusive o futuro, daí a idéia de que poderia prever alguma coisa, uma profecia, derivando-se daí, então, o nome profeta. Podemos confirmar o que estamos dizendo aqui nesse parágrafo, pela explicação dada à passagem Dt 18,9-22:

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  14. continuação - Contrapõem-se nitidamente duas formas de profetismo ou de mediação entre os homens e Deus. O profetismo de tipo cananeu, com suas práticas para conhecer o futuro, ou vontade dos deuses (v.9-14), visava controlar a divindade, tornado-a favorável ao homem. Contra isso o Dt estabelece a mediação do ‘profeta como Moisés’ (v.15-22; cf. Ex 20,18-21), a cuja palavra, pronunciada em nome de Deus, o israelita deve obedecer”. (Bíblia Sagrada, Ed. Vozes, pág. 217).
    É interessante que, neste momento, venhamos a dizer alguma coisa sobre profeta. Buscaremos as informações com Dr. Severino Celestino, que nos diz:
    A palavra profeta, em hebraico, significa “Navi”, no plural, “Neviim”. Apresenta ainda outros significados como “roê” (videntes). Veja I Samuel 9:9: “antigamente em Israel, todos os que iam consultar IAHVÉH assim diziam: vinde vamos ter com o vidente (roê); porque aquele que hoje se chama profeta (navi), se chamava outrora vidente (roê)”.
    A palavra vidente, em hebraico, também significa (chozê), pois, consultando o texto original, encontramos citações que usam o termo (roê) sendo que outras citam (chozê), como veremos adiante. O vidente era, portanto, o homem a ser interrogado quando se queria consultar a Deus ou a um espírito e sua resposta era considerada resposta de Deus.

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  15. continuação - O termo profeta chegou ao português, derivado do grego (???) “prophétes” que significa “alguém que fala diante dos outros”. No hebraico, o significado é bem mais amplo, possui uma raiz acádica que significa “chamar”, “falar em voz alta”, e interpretam-no como “orador, anunciador”. (Analisando as Traduções Bíblicas, pp. 259-260). (Grifos do original).
    Dito isso, podemos agora concluir que Moisés não era totalmente contra o profetismo (mediunismo), apenas era contrário ao uso indevido que davam a essa faculdade. Podemos, inclusive, vê-lo aprovando a forma com que dois homens a faziam, conforme a seguinte narrativa em Nm 11, 24-30:
    Moisés saiu e disse ao povo as palavras de Iahweh. Em seguida reuniu setenta anciãos dentre o povo e os colocou ao redor da Tenda. Iahweh desceu na Nuvem. Falou-lhe e tomou do Espírito que repousava sobre ele e o colocou nos setenta anciãos. Quando o Espírito repousou sobre eles, profetizaram; porém, nunca mais o fizeram.
    Dois homens haviam permanecido no acampamento: um deles se chamava Eldad e o outro Medad. O Espírito repousou sobre eles; ainda que não tivessem vindo à Tenda, estavam entre os inscritos. Puseram-se a profetizar no acampamento. Um jovem correu e foi anunciar a Moisés: “Eis que Eldad e Medad”, disse ele, “estão profetizando no acampamento”. Josué, filho de Nun, que desde a sua infância servia a Moisés, tomou a palavra e disse: “Moisés, meu senhor, proíbe-os!” Respondeu-lhe Moisés: “Estás ciumento por minha causa? Oxalá todo o povo de Iahweh fosse profeta, dando-lhe Iahweh o seu Espírito!” A seguir Moisés voltou ao acampamento e com ele os anciãos de Israel.

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  16. continuação - Fica claro, então, que pelo menos duas pessoas faziam dignamente o uso da faculdade mediúnica (profeta), daí Moisés até desejar que todos fizessem como eles.
    Outro ponto importante que convém ressaltar é a respeito da palavra Espírito, que aparece inúmeras vezes na Bíblia. Mas afinal o que é Espírito? Hoje sabemos que os espíritos são as almas dos homens que foram desligadas do corpo físico, pelo fenômeno da morte. Assim, podemos perfeitamente aceitar que fora às vezes que atribuem essa palavra ao próprio Deus, todas as outras estão incluídas nessa categoria.
    Tudo, na verdade, não passava de manifestações dos espíritos, que muitas vezes eram tomados à conta de deuses, devido a ignorância da época, coisa absurda nos dias de hoje.
    Isso fica tão claro que podemos até mesmo encontrar recomendações de como nos comportar diante deles, para sabermos suas verdadeiras intenções. Citamos: “Amados, não acrediteis em qualquer espírito, mas examinai os espíritos para ver se são de Deus,...” (1 Jo 4, 1).
    Disso pode-se concluir que era comum, àquela época, o contato com os espíritos. De fato, já que podemos confirmar isso com o Apóstolo dos gentios, que recomendou sobre o uso dos “dons” (mediunidade), conforme podemos ver em sua primeira carta aos Coríntios (cap. 14).

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  17. continuação - Nela ele procura demonstrar que o dom da profecia é superior ao dom de falar em línguas (xenoglossia), pois não via nisso nenhuma utilidade senão quando, juntamente, houvesse alguém com o dom de interpretá-las.
    Ao lado dos espíritos, também vemos inúmeras manifestações do demônio. Sobre ele, encontramos a seguinte informação, citada pela Dra. Edith Fiore, sobre o pensamento do historiador hebreu Flávio Josefo: “Os demônios são os espíritos dos homens perversos” (Possessão Espiritual, p. 29). Com isso as manifestações espirituais se ampliam, pois agora se nos apresentam os demônios como espíritos de seres humanos desencarnados, ficando, portanto, provado que a Bíblia está repleta de fenômenos mediúnicos. Onde há mediunidade haverá, conseqüentemente, manifestação espiritual, pouco importa a denominação que venha se dar aos que se apresentam aos encarnados,por essa via.

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  18. continuação - Vejamos, então, um caso específico relatado sobre uma consulta aos mortos. Chamamos a sua atenção para o motivo da consulta, que não poderá passar despercebido, visto o termos citado como uma das causas da proibição de Moisés. Leiamos:
    Samuel tinha morrido. Todo o Israel participara dos funerais, e o enterraram em Ramá, sua cidade. De outro lado, Saul tinha expulsado do país os necromantes e adivinhos. Os filisteus se concentraram e acamparam em Sunam. Saul reuniu todo o Israel e acamparam em Gelboé. Quando viu o acampamento dos filisteus, Saul teve medo e começou a tremer. Consultou a Javé, porém Javé não lhe respondeu, nem por sonhos, nem pela sorte, nem pelos profetas. Então Saul disse a seus servos: "Procurem uma necromante, para que eu faça uma consulta". Os servos responderam: "Há uma necromante em Endor". Saul se disfarçou, vestiu roupa de outro, e à noite, acompanhado de dois homens, foi encontrar-se com a mulher. Saul disse a ela: "Quero que você me adivinhe o futuro, evocando os mortos. Faça aparecer a pessoa que eu lhe disser". A mulher, porém, respondeu: "Você sabe o que fez Saul, expulsando do país os necromantes e adivinhos. Por que está armando uma cilada, para eu ser morta?" Então Saul jurou por Javé: "Pela vida de Javé, nenhum mal vai lhe acontecer por causa disso". A mulher perguntou: "Quem você quer que eu chame?" Saul respondeu: "Chame Samuel". Quando a mulher viu Samuel aparecer, deu um grito e falou para Saul: "Por que você me enganou? Você é Saul!" O rei a tranqüilizou: "Não tenha medo. O que você está vendo?" A mulher respondeu: "Vejo um espírito subindo da terra". Saul perguntou: "Qual é a aparência dele?" A mulher respondeu: "É a de um ancião que sobe, vestido com um manto". Então Saul compreendeu que era Samuel, e se prostrou com o rosto por terra. Samuel perguntou a Saul: "Por que você me chamou, perturbando o meu descanso?" Saul respondeu: "É que estou em situação desesperadora: os filisteus estão guerreando contra mim. Deus se afastou de mim e não me responde mais, nem pelos profetas, nem por sonhos. Por isso, eu vim chamar você, para que me diga o que devo fazer". Samuel respondeu: "Por que você veio me consultar, se Javé se afastou de você e se tornou seu inimigo? Javé fez com você o que já lhe foi anunciado por mim: tirou de você a realeza e a entregou para Davi. Porque você não obedeceu a Javé e não executou o ardor da ira dele contra Amalec. É por isso que Javé hoje trata você desse modo. E Javé vai entregar aos filisteus tanto você, como seu povo Israel. Amanhã mesmo, você e seus filhos estarão comigo, e o acampamento de Israel também: Javé o entregará nas mãos dos filisteus". (1Sm 28,3-19)

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  19. continuação - Inicialmente, se diz que Saul consultou a Javé, como não obteve resposta, resolveu então procurar uma necromante para que, pessoalmente , pudesse consultar-se com um espírito. Isso foi o que dissemos sobre uma das razões da proibição de Moisés. Saul diante da necromante foi taxativo: quero que adivinhe o futuro evocando um morto. Aqui é o próprio rei que vai consultar-se com um morto, pelo motivo de querer saber o futuro. Se os mortos nunca tivessem revelado o futuro, estaria o rei numa situação ridícula dessa?
    Mas Saul não desejava consultar-se com qualquer um espírito, queria especificamente a presença de Samuel. Após a evocação da mulher, o relato confirma que a necromante viu Samuel-espírito aparecer. Sem margem a nenhuma dúvida. Quando descreve o que vê o próprio Saul reconhece ser o profeta Samuel que estava ali. Fato confirmado, pela indubitável afirmativa de que foi o próprio Samuel quem fez uma pergunta a Saul. Após a resposta de Saul, novamente, Samuel responde ao que veio o rei saber.
    Algumas Bíblias ao invés de “vejo um espírito subindo da terra” traduzem por “vejo um deus subindo da Terra”. A frase dessa maneira nos é explicada:
    “A palavra hebraica para significar Deus, também designa os seres supra-humanos e, como neste caso, o espírito dos mortos. Havia a convicção de que os espíritos dos mortos estavam encerrados no sheol, e este se situaria algures por baixo da terra” (Bíblia Sagrada, Ed. Santuário, pág. 392).
    Com isso, fica fácil entender por que Saul, após certificar-se de que Samuel-espírito estava ali, se prostra diante dele (v. 14). Atitude própria de quem endeusava os espíritos e, conforme já o dissemos anteriormente, esse foi um dos motivos pelo qual Moisés proibiu a comunicação com os mortos.

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  20. continuação - A frase “Javé fez com você o que já lhe foi anunciado por mim” tem a seguinte tradução em outras Bíblias: “O Senhor fez como tinha anunciado pela minha boca”, do que podemos concluir que naquele momento não estava falando pela sua boca, usava a boca da mulher, pela qual confirmou o que tinha falado a Saul quando vivo, não deixando então nenhuma dúvida que era mesmo Samuel-espírito quem estava ali. Estamos dizendo isso, porque com algumas interpretações distorcidas, bem à moda da casa, querem insinuar que quem se manifestou foi o demônio. A isso, poderemos, além do que já dissemos, colocar para corroborar nosso pensamento uma explicação dada a 28,15-19:
    O narrador, embora não aprove o proceder de Saul e da mulher (v. 15), acredita que Samuel de fato apareceu e falou com Saul: isso Deus podia permitir. Logo, não é preciso pensar em manobra fraudulenta da mulher ou em intervenção diabólica.... (Bíblia Sagrada, Ed. Vozes, pág. 330).
    Por outro lado, ninguém conseguirá provar que em algum lugar da Bíblia está dizendo que os demônios aparecem no lugar dos espíritos evocados. Assim, de modo claro e inequívoco, temos essa questão de que não são os demônios como definitivamente resolvida. Não bastasse isso, a própria Bíblia confirma o ocorrido quando falando a respeito de Samuel está dito: “Mesmo depois de sua morte, ele profetizou, predizendo ao rei o seu fim. Mesmo do sepulcro, ele levantou a voz, numa profecia, para apagar a injustiça do povo”. (Eclo 46,20). Sabemos que os protestantes não possuem esse livro, mas como os católicos também afirmam que sua Bíblia não contém erros, pegamos a deles para a confirmação dessa ocorrência.

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  21. continuação - Ao que parece, a consulta aos mortos era fato tão corriqueiro, que, às vezes, era esperada, conforme podemos ver em Isaías:
    “Quando disserem a vocês: ‘Consultem os espíritos e adivinhos, que sussurram e murmuram fórmulas; por acaso, um povo não deve consultar seus deuses e consultar os mortos em favor dos vivos?’, comparem com a instrução e o atestado: se o que disserem não estiver de acordo com o que aí está, então não haverá aurora para eles”. (Is 8,19-20).
    Isaías até sabia o que iriam dizer, realidade da época, com certeza. Quanto à expressão seus deuses, explicam-nos que equivale a os espíritos dos antepassados (Bíblia Sagrada, Ed. Ave Maria, pág. 950). O que vem reforçar a justificativa para a proibição de Moisés, que buscava fazer o povo hebreu aceitar o Deus único. Interessante que essa passagem irá nos remeter a uma outra, que fala exatamente dos antepassados, como uma explicação que nos ajudará a entendê-la. Vejamo-la:
    “Consulte as gerações passadas e observe a experiência de nossos antepassados. Nós nascemos ontem e não sabemos nada. Nossos dias são como sombra no chão. Os nossos antepassados, no entanto, vão instruí-lo e falar a você com palavras tiradas da experiência deles”. (Jó 8,8-10).

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  22. continuação - Considerando que à época não se tinha muita coisa escrita, e se tivesse talvez pouco adiantaria, pois poucos sabiam ler, só poderemos entender essa passagem como sendo uma consulta direta às gerações passadas. O que em bom Português significa que isso ocorria através da consulta aos seus deuses, em outras palavras, aos espíritos dos antepassados, que pessoalmente viam transmitir suas experiências. É notável que exatamente isso que está ocorrendo nos dias de hoje com os Espíritos, que, mesmo sem que tenham sido evocados para serem consultados, vêm livremente, com a permissão de Deus, é claro, nos passar as suas experiências pessoais, para que possamos aprender com elas, de modo que podemos evitar erros já cometidos por ignorância das leis divinas.
    Uma coisa nós podemos considerar. Se ocorriam manifestações naquela época, por que não as aconteceria nos dias de hoje? Veremos agora a mais notável de todas as manifestações de espíritos que podemos encontrar na Bíblia, pois ela acontece, nada mais nada mesmos do que, com o próprio Cristo. Leiamos:
    Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, os irmãos Tiago e João, e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E se transfigurou diante deles: o seu rosto brilhou como o sol, e as suas roupas ficaram brancas como a luz. Nisso lhes apareceram Moisés e Elias, conversando com Jesus. Então Pedro tomou a palavra, e disse a Jesus: "Senhor, é bom ficarmos aqui. Se quiseres, vou fazer aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés, e outra para Elias." Pedro ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa os cobriu com sua sombra, e da nuvem saiu uma voz que dizia: "Este é o meu Filho amado, que muito me agrada. Escutem o que ele diz." Quando ouviram isso, os discípulos ficaram muito assustados, e caíram com o rosto por terra. Jesus se aproximou, tocou neles e disse: "Levantem-se, e não tenham medo." Os discípulos ergueram os olhos, e não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus. Ao descerem da montanha, Jesus ordenou-lhes: "Não contem a ninguém essa visão, até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos".(Mt 17,1-9).

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  23. continuação - Ocorrência inequívoca de comunicação com os mortos, no caso, os espíritos Moisés e Elias conversam pessoalmente com Jesus. E aí afirmamos que se fosse mesmo proibida por Deus, Moisés-espírito não viria se apresentar a Jesus e seus discípulos, já que foi ele mesmo, quando vivo, quem informou dessa proibição, e nem Jesus iria infringir uma lei divina. Portanto, a proibição de Moisés era apenas uma proibição particular sua ou de sua legislação de época. Os partidários do demônio ficam sem saída nessa passagem, pois não podem afirmar que foi o demônio quem apareceu para eles, já que teriam que admitir que Jesus foi enganado pelo “pai da mentira”.
    Podemos ainda ressaltar que, depois desse episódio, Jesus não proibiu a comunicação com os mortos, só disse aos discípulos para não contassem a ninguém sobre aquela “sessão espírita”, até que acontecesse a sua ressurreição. E se ele mesmo disse: “tudo que eu fiz vós podeis fazer e até mais” (Jo 14,12) os que se comunicam com os mortos estão seguindo o exemplo de Jesus. Os cegos até poderão ficar contra, mas os de mente aberta não verão nenhum mal nisso.
    Já encontramos pessoas que, querendo fugir do inevitável, afirmaram que Moisés e Elias não morreram, foram arrebatados. A coisa é tão séria, que, no afã de se justificarem, desvirtuam a realidade mudando até mesmo narrativas bíblicas, pois, até onde sabemos, existe a passagem falando da morte e sepultura de Moisés, o que poderá ser comprovado em Dt 34,5-8. Quanto a Elias é que se diz ter sido arrebatado. Acredite quem quiser. Mas o que faremos com o corpo físico na dimensão espiritual? “O espírito é que dá vida a carne de nada serve” (Jo 6,63), “a carne e o sangue não podem herdar o reino do céu” (1Cor 15,50). São passagens que contradizem peremptoriamente um suposto arrebatamento de Elias de corpo e alma.

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  24. continuação - Por várias vezes, Jesus apresentou a seus discípulos ensinamentos por meio de parábolas. Há uma que poderemos citar, pois nela encontramos algo que irá nos auxiliar no entendimento daquilo que propomos. Vejamos:
    Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho fino, e dava banquete todos os dias. E um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, que estava caído à porta do rico. Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico. E ainda vinham os cachorros lamber-lhe as feridas. Aconteceu que o pobre morreu, e os anjos o levaram para junto de Abraão. Morreu também o rico, e foi enterrado. No inferno, em meio aos tormentos, o rico levantou os olhos, e viu de longe Abraão, com Lázaro a seu lado. Então o rico gritou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque este fogo me atormenta'. Mas Abraão respondeu: 'Lembre-se, filho: você recebeu seus bens durante a vida, enquanto Lázaro recebeu males. Agora, porém, ele encontra consolo aqui, e você é atormentado. Além disso, há um grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, nunca poderia passar daqui para junto de vocês, nem os daí poderiam atravessar até nós'. O rico insistiu: 'Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa de meu pai, porque eu tenho cinco irmãos. Manda preveni-los, para que não acabem também eles vindo para este lugar de tormento'. Mas Abraão respondeu: 'Eles têm Moisés e os profetas: que os escutem!' O rico insistiu: 'Não, pai Abraão! Se um dos mortos for até eles, eles vão se converter'. Mas Abraão lhe disse: 'Se eles não escutam a Moisés e aos profetas, mesmo que um dos mortos ressuscite, eles não ficarão convencidos'. (Lc 16,19-31).

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  25. continuação - Poderemos tirar várias reflexões dessa parábola, mas nos restringiremos ao assunto deste estudo. Uma pergunta nos vem à mente: se não acreditassem na comunicação entre os dois planos, por que então o rico pede a Abraão para enviar Lázaro para alertar a seus irmãos? Da análise da resposta de Abraão podemos dizer que há a possibilidade da comunicação, entretanto, ela é completamente inútil, pois se nem aos vivos as pessoas deram ouvidos, que dirá aos mortos. Fato incontestável, que vem acontecendo até nos dias de hoje, já que a grande maioria prefere ignorar a comunicação dos mortos, que vêm nos alertar para que transformemos as nossas ações, de modo que beneficiem ao nosso próximo, a fim de evitar que, depois da morte física, tenhamos que ir para um lugar de tormentos.
    A expressão “mesmo que um dos mortos ressuscite” significa que mesmo que algum dos mortos ressuscite na sua condição espiritual, para se comunicar, que eles não se convenceriam. Mas alguém pode objetar dizendo que esse texto implica na necessidade de uma ressurreição corpórea para que ocorra esta comunicação. Isto é um subterfúgio, já que na própria Bíblia encontramos indícios de que o termo ressurreição também era usado para indicar a influência dos mortos sobre os vivos, conforme podemos confirmar no seguinte passo: “Alguns diziam: ‘João Batista ressuscitou dos mortos. É por isso que os poderes agem nesse homem’”. (Mt 14,2; Mc 6,14).
    Quem já teve a oportunidade de ler a Bíblia, pelo menos uma vez, percebe que ela está recheada de narrativas com aparições de anjos. Na ocasião da ressurreição de Jesus algumas delas nos dão conta do aparecimento, junto ao sepulcro, de “anjos vestidos de branco” (Jo 20,12; Mt 28,2), enquanto que outras nos dizem ser “homens vestidos de branco” (Lc 24,4; Mc 16,5). Demonstrando que anjos, na verdade, são espíritos humanos de pessoas desencarnadas. Até mesmo os nomes dos anjos são nomes dados a seres humanos: Gabriel, Rafael, Miguel, etc. Vejamos se isso é coerente

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  26. continuação - Nesse tempo, o rei Herodes começou a perseguir alguns membros da Igreja, e mandou matar à espada Tiago, irmão de João. Vendo que isso agradava aos judeus, decidiu prender também Pedro. Eram os dias da festa dos pães sem fermento. Depois de o prender, colocou-o na prisão e o confiou à guarda de quatro grupos de quatro soldados cada um. Herodes tinha a intenção de apresentar Pedro ao povo logo depois da festa da Páscoa. Pedro estava vigiado na prisão, mas a oração fervorosa da Igreja subia continuamente até Deus, intercedendo em favor dele. Herodes estava para apresentar Pedro. Nessa mesma noite, Pedro dormia entre dois soldados. Estava preso com duas correntes, e os guardas vigiavam a porta da prisão. De repente, apareceu o anjo do Senhor, e a cela ficou toda iluminada. O anjo tocou o ombro de Pedro, o acordou, e lhe disse: "Levante-se depressa." As correntes caíram das mãos de Pedro. E o anjo continuou: "Aperte o cinto e calce as sandálias." Pedro obedeceu, e o anjo lhe disse: "Ponha a capa e venha comigo." Pedro acompanhou o anjo, sem saber se era mesmo realidade o que o anjo estava fazendo, pois achava que tudo isso era uma visão. Depois de passarem pela primeira e segunda guarda, chegaram ao portão de ferro que dava para a cidade. O portão se abriu sozinho. Eles saíram, entraram numa rua, e logo depois o anjo o deixou. Então Pedro caiu em si e disse: "Agora sei que o Senhor de fato enviou o seu anjo para me libertar do poder de Herodes e de tudo o que o povo judeu queria me fazer." Pedro então refletiu e foi para a casa de Maria, mãe de João, também chamado Marcos, onde muitos se haviam reunido para rezar. Bateu à porta, e uma empregada, chamada Rosa, foi abrir. A empregada reconheceu a voz de Pedro, mas sua alegria foi tanta que, em vez de abrir a porta, entrou correndo para contar que Pedro estava ali, junto à porta. Os presentes disseram: "Você está ficando louca!" Mas ela insistia. Eles disseram: "Então deve ser o seu anjo!" Pedro, entretanto, continuava a bater. Por fim, eles abriram a porta: era Pedro mesmo. E eles ficaram sem palavras. (At 12,1-16).
    Com a prisão de Pedro, por Herodes, todos já esperavam que aconteceria com ele o mesmo destino de Tiago, seria morto. Mas um anjo o solta. Ele se dirige à casa onde os outros estavam reunidos, bate à porta. Rosa, que atende a porta, reconhece a voz de Pedro, espavorida corre para dentro a fim de contar aos outros. Entretanto, como supunham que Pedro havia morrido disseram a ela: “Então deve ser o seu anjo”. Isso vem dizer exatamente o que estamos querendo concluir, que anjo, na verdade, é um espírito de um ser humano que morreu, o que não contradiz a narrativa, antes ao contrário, lhe é extremamente coerente.

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  27. continuação - Nesse tempo, o rei Herodes começou a perseguir alguns membros da Igreja, e mandou matar à espada Tiago, irmão de João. Vendo que isso agradava aos judeus, decidiu prender também Pedro. Eram os dias da festa dos pães sem fermento. Depois de o prender, colocou-o na prisão e o confiou à guarda de quatro grupos de quatro soldados cada um. Herodes tinha a intenção de apresentar Pedro ao povo logo depois da festa da Páscoa. Pedro estava vigiado na prisão, mas a oração fervorosa da Igreja subia continuamente até Deus, intercedendo em favor dele. Herodes estava para apresentar Pedro. Nessa mesma noite, Pedro dormia entre dois soldados. Estava preso com duas correntes, e os guardas vigiavam a porta da prisão. De repente, apareceu o anjo do Senhor, e a cela ficou toda iluminada. O anjo tocou o ombro de Pedro, o acordou, e lhe disse: "Levante-se depressa." As correntes caíram das mãos de Pedro. E o anjo continuou: "Aperte o cinto e calce as sandálias." Pedro obedeceu, e o anjo lhe disse: "Ponha a capa e venha comigo." Pedro acompanhou o anjo, sem saber se era mesmo realidade o que o anjo estava fazendo, pois achava que tudo isso era uma visão. Depois de passarem pela primeira e segunda guarda, chegaram ao portão de ferro que dava para a cidade. O portão se abriu sozinho. Eles saíram, entraram numa rua, e logo depois o anjo o deixou. Então Pedro caiu em si e disse: "Agora sei que o Senhor de fato enviou o seu anjo para me libertar do poder de Herodes e de tudo o que o povo judeu queria me fazer." Pedro então refletiu e foi para a casa de Maria, mãe de João, também chamado Marcos, onde muitos se haviam reunido para rezar. Bateu à porta, e uma empregada, chamada Rosa, foi abrir. A empregada reconheceu a voz de Pedro, mas sua alegria foi tanta que, em vez de abrir a porta, entrou correndo para contar que Pedro estava ali, junto à porta. Os presentes disseram: "Você está ficando louca!" Mas ela insistia. Eles disseram: "Então deve ser o seu anjo!" Pedro, entretanto, continuava a bater. Por fim, eles abriram a porta: era Pedro mesmo. E eles ficaram sem palavras. (At 12,1-16).

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  28. continuação parte final - Com a prisão de Pedro, por Herodes, todos já esperavam que aconteceria com ele o mesmo destino de Tiago, seria morto. Mas um anjo o solta. Ele se dirige à casa onde os outros estavam reunidos, bate à porta. Rosa, que atende a porta, reconhece a voz de Pedro, espavorida corre para dentro a fim de contar aos outros. Entretanto, como supunham que Pedro havia morrido disseram a ela: “Então deve ser o seu anjo”. Isso vem dizer exatamente o que estamos querendo concluir, que anjo, na verdade, é um espírito de um ser humano que morreu, o que não contradiz a narrativa, antes ao contrário, lhe é extremamente coerente.

    Conclusão
    Ao que podemos concluir, sem sombra de dúvidas, é que realmente a comunicação com os mortos está comprovada pela Bíblia, por mais que se esforcem em querer tirar dela esse fato.

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  29. Amigo Carlos... SENSACIONAL!!! Texto altamente explicativo e elucidativo! Continue firme na graça do Senhor... estamos juntos!

    P.S: Estou aguardando as respostas das minhas três primeiras perguntas, hein?! =)

    Abração
    Jota

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  30. Tecnologia x Biblia !?

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  31. Adorei a “pequena” participação em defesa do espiritismo, em suas 20 inserções, que endossam o que tentei mostrar: A atuação do inimigo (satanás).

    Ao ler o devaneio notei que o artista usa, quase em sua totalidade, os textos que expus no post. Entretanto com sua pegada diabólica, tudo muito corriqueiro e antigo.

    Utilizar a própria palavra de Deus, a Bíblia, para tentar nos convencer de algo errado é ultrapassado, vejamos em Gênesis 2.16-17: “E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”.

    Agora vejamos o inimigo e sua arcaica estratégia em Gênesis 3.1: “Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváticos que o SENHOR Deus tinha feito, disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?”. E complementa em Gn 3.4: “Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis”.

    Veja bem, não despreze nenhuma letra da palavra de Deus, note que Deus diz: O inimigo é sagaz. O texto produzido por esta cavalgadura do inimigo tem muita Bíblia assim como nesta passagem de Gênesis que citei, saca só:

    Deus disse – “De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás”.

    Satanás disse – “Não comereis de toda árvore do jardim?” “É certo que não morrereis”.

    Você já entrou em algum prédio onde tem aquelas plaquinhas: Cuidado, piso molhado! Passando por um ambiente assim seu passo muda, você fica andando engraçado, abre os braços, afinal o piso está escorregadio.

    Satanás ataca a nossa base, tenta minar exatamente o que nos sustenta, o nosso piso, nosso alicerce: A palavra de Deus, a Bíblia! Torcendo a palavra satanás tenta desmoronar todo o resto. Por isso ele muda o que Deus diz, lançando dúvida no texto. Veja que a fala dele termina com uma interrogação Gn 3.1 “...do jardim?”, o selo da dúvida.

    Termino supondo o absurdo: Que este artista estaria certo - Os mortos falam! A reboque desta afirmação vem a máxima – reencarnamos. Para quê? Para melhorarmos até atingirmos um ponto ideal. Então, a reencarnação seria o retorno por algo que não fizemos que precisasse ser feito ou melhorado, ok?

    Isso ANIQUILARIA a obra de Cristo, espia só:

    Efésios 2.8-9: “Porque pela graça sois salvos mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus”.

    I João 4.10: “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados”.

    Sabe por que você não crê nessas coisas?

    Atos 28.24 e 26 – “Houve alguns que ficaram persuadidos pelo que ele dizia; outros, porém, continuaram incrédulos”. “De ouvido, ouvireis e não entendereis; vendo e não percebereis. Porquanto o coração deste povo se tornou endurecido; com os ouvidos ouviram tardiamente e fecharam os olhos, para que jamais vejam com os olhos, nem ouçam com os ouvidos, para que não entendam com o coração, e se convertam, e por mim sejam curados”.

    Agora é contigo, só tem duas opções:

    I Crônicas 28.9: “porque o SENHOR esquadrinha todos os corações e penetra todos os desígnios do pensamento. Se o buscares, ele deixará achar-se por ti; se o deixares, ele te rejeitará para sempre”.

    Dá tempo, conte comigo!


    Carlos Henrique

    Ps.: Se você estiver certo, na reencarnação eu terei uma segunda, terceira, quarta, ...chance, mas se eu estiver certo você irá para o inferno. E aí, vai pra onde?

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  32. Hahaha ... ótemo Carlos!

    Jonathas

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  33. Querido irmão Carlos e Prezado Anônimo-Espírita(suponho),

    Gostaria de dar uma resposta. Ainda que todas as distorções absurdas possam ser corrigidas, todas as falácias grosseiras possam ser apontadas e todas as pressuposições da cosmovisão espírita possam ser rebatidas, não o farei aqui, porque seria um texto extremamente enfadonho e eu iria “floodar” este post. Só vou ressaltar a maneira como os espíritas argumentam no desespero de procurar na Bíblia fundamentos para suas crenças. Recomendo dois excelentes livros sobre o assunto tratado no post:
    GEISLER, Norman L & AMANO, J. Yutaka. Reencarnação, o fascínio que renasce em cada geração. São Paulo: Mundo Cristão, 1994. (Excelente!!)
    SNYDER, John. Reencarnação ou Ressurreição? São Paulo: Edições Vida Nova, 1988

    Toda a argumentação falaciosa do gigantesco comentário (que, por sinal, foi um “CTRL+C, CTRL+V” do texto disponível em http://www.espirito.org.br/portal/artigos/paulosns/comunicacao-na-biblia.html) pode ser resumida da seguinte maneira:

    “Uma vez que a necromancia acontece na Bíblia, então é correto praticá-la.”

    Ainda que a necromancia aconteça na Bíblia, isso não implica que sua prática seja aceitável. Podemos desmontar todo o argumento utilizando a mesma forma de argumentação: uma vez que assassinato, infanticídio, estupro, traição, poligamia acontecem na Bíblia, então é correto praticar tais coisas, não é mesmo? O fato de alguma prática acontecer na Bíblia, não implica que esta prática seja aceitável.

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  34. [Continuação 1] Outro tipo de erro que as seitas (incluindo o espiritismo) cometem ao interpretar o texto bíblico é a chamada “eixegese” (e não “exegese”) que é a imposição de um significado ao texto. O significado de uma palavra, por exemplo, não é EXTRAÍDO do texto (como na exegese), mas é IMPOSTO. Por exemplo, no seguinte momento:

    “[...]quando alguém ia consultar a Deus, costumava dizer: 'Vamos ao vidente'. Porque, em lugar de 'profeta', como se diz hoje, dizia-se 'vidente'”. (1Sm 9,9). O que é vidente senão quem tem a faculdade de ver os espíritos?"

    É claro que essa definição de vidente é DO PRÓPRIO AUTOR. Ela foi IMPOSTA ao texto, e não RETIRADA do texto. O texto bíblico define claramente o vidente: quando alguém ia consultar A DEUS e não AOS MORTOS, iam ao vidente. Esses “videntes” que consultavam A DEUS (não AOS MORTOS), foram chamados de profetas, cuja instituição oficial ocorreu após o período teocrático de Israel.

    O mesmo ocorre aqui:

    “O vidente era, portanto, o homem a ser interrogado quando se queria consultar a Deus ou a um espírito”

    Aqui é o ponto crucial da argumentação e é onde ocorre outra falácia: utilizar palavras e conceitos diferentes, porém significando a mesma coisa. É onde o autor vai tentar estabelecer a ligação entre profeta, vidente e necromante e tentar validar a mediunidade na Bíblia. E como é frágil essa parte.

    Se você procurar a palavra “vidente” na Bíblia ela SEMPRE vai ter o sinônimo de profeta. Em outras palavras, ela NUNCA é usada como sinônimo de necromante. Profeta e vidente são o mesmo ofício, como explicado no texto de 1Sm 9.9. DEUS revelava sua vontade a estes por meio de visões e sonhos (Nm 12.6). Não era uma sessão espírita.

    Outra coisa são os necromantes ou médiuns (que no hebraico são os 'obh', não são os 'roeh' (vidente) nem os 'nabi' (profeta)). Eram os necromantes que consultavam aos mortos e foram estes que Deus proibiu a prática e a consulta. Aliás, nós sabemos por que Saul foi morto, não é mesmo?

    “Assim, morreu Saul por causa da sua transgressão cometida contra o SENHOR, por causa da palavra do SENHOR, que ele não guardara; E TAMBÉM PORQUE INTERROGARA E CONSULTARA UMA NECROMANTE (obh) E NÃO ao SENHOR, que, por isso, o matou e transferiu o reino a Davi, filho de Jessé.” 1Cr 10.13-14. [ênfase minha]

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  35. [Continuação 2] Outra falácia exegética é a “espiritomania”:

    “os espíritos são as almas dos homens que foram desligadas do corpo físico, pelo fenômeno da morte. Assim, podemos perfeitamente aceitar que fora às vezes que atribuem essa palavra ao próprio Deus, todas as outras estão incluídas nessa categoria.”

    Vejam bem: TODAS as vezes que aparece a palavra “espírito”, exceto quando atribuída a Deus, significa almas desencarnadas. Expressões do tipo “amargura de espírito” (Gn 26.35), “ânsia de espírito” (Ex 6.9), “humildes de espírito” (Mt 5.3), “espírito de escravidão” (Rm 8.15) não fazem o menor sentido, de acordo com o contexto, utilizando essa interpretação imposta à palavra.

    Outra falácia cometida é a da “evidência seletiva”. Um exemplo é quando cita-se o texto de Is 8.19-20 e, deliberadamente, exclui-se a primeira parte do verso 20:

    “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva.”

    Isaías não está confirmando a mediunidade. O contexto claramente indica que ele está condenando esta prática maldita! Ele está dizendo ao povo que, se não responderem “à lei e ao testemunho” àqueles que dizem para consultarem aos mortos, eles [o povo] “jamais verão a alva”.

    O restante do comentário são outras baboseiras como: alegorias, pressuposições espíritas imposta ao texto e na interpretação deste e variações das falácias citadas acima... basicamente as mesmas coisas que Allan Kardec ensina nos seus livros (os quais eu tive o desprazer de ler...).

    Para uma refutação mais completa da cosmovisão espírita, incluindo diversos exemplos de textos utilizados pelos espíritas, fica a dica dos dois livros acima.

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  36. [Conclusão] Caro Anônimo-Espírita, que você se arrependa e creia em Jesus Cristo “no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados” (Ef 1.7) e que Deus retire o véu do seu rosto a fim de que a luz do evangelho da glória de Cristo resplandeça em você!

    Querido Carlos, perdoe-me o tamanho do comentário! Que o nosso Deus continue enchendo-o do espírito (sem trocadilhos) de sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, conhecimento e temor ao SENHOR!

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  37. Amigo Carlos, muito esclarecedora e direta a sua resposta. Deus continue te usando como canal de bençao.
    P.: Otimo complemento de Thiago Almeida.

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OBRIGADO pelo seu comentário!!!