09 setembro 2010

URUBU!

Urubu!

 

Você já viu um urubu?

 

Preto, feio que só, come coisa que ninguém quer mais comer, voa sem muito esforço, voa alto, planando nas correntes de ar lááá nas alturas, suave, sem bater asas, voando e voando, lembrou? Pois bem, esse é o urubu.

 

Neste último feriado de 7 de setembro adivinha o que eu fiz?

 

Não, eu não comi um urubu;

Também não, eu não fui a parada de 7 de setembro;

E, óbvio, que não vi a esquadrilha da fumaça atropelar um urubu nos ares. Nada disso!

 

Eu fui a Anápolis, uma cidade do estado de Goiás, distante uns 150 Km de Brasília para visitar uma instituição que chama-se: Asas de Socorro. O que eles fazem? Levam ajuda de todo tipo a lugares de difícil acesso, ou seja, lugares que só se chega de avião. Por isso  A S A S  de  S O C O R R O, entendeu?

 

Pois bem, conheci as instalações, as salas de aula em que se formam novos pilotos e mecânicos, conheci a torre de comando, conheci o rádio, conheci o hangar (muito legal), conheci os aviões (tava cheio de aviões no pátio, afinal era feriado), conheci a gasolina azul de avião (sabia que ela nem é tããão azul assim?), enfim conheci quase tudo, foi bem legal!

 

Lá pelas tantas o missionário que me recebeu perguntou assim, e então, vamos voar?

Rã rãm, aquela limpada básica na garganta emendada com a pergunta retórica – voar, eu?

Ué, bora, mas Sr.Marcos, sei que estamos em uma instituição mantida com recursos de doações e voar gastaria esse combustível tão precioso, isso tudo só pra eu conhecer Anápolis por cima, que isso, não precisa não, Sr.Marcos.

 

Que nada, é só um vôo panorâmico ou você tá com medo?

Medo? Eu? Qué qué isso, Seu Marcos!

 

A bem da verdade naquele dia ventava muito, somado a isso eu nunca tinha voado num teco-teco, ou melhor, Cessna 172, também não tinha ido com esta expectativa, logo não me preparei psicologicamente para tal situação, e pra encerrar ele completou: “Éh, hoje realmente tá ventando bastante, você não tem problema se balançar um pouco, tem?”. Nadinha, tô louco pra voar! (meio que balançando o pé como fazia o Didi mocó, acompanhado das duas palmas das mãos abertas ao lado de um dos olhos enquanto o outro pisca, lembra?).

 

Só sei que após todos aqueles, “tal coisa” “checado”, “tal coisa” “checado”, “tal coisa” “checado” eu estava voando livre leve e solto sobre a cidade de Anápolis. Uuuuoooommmmm!!! Curvas e vistas indescritíveis, um sonho!

 

Lá em cima o inusitado. Lembra do urubu? Pois bem, ele apareceu lá. Marcos falou – “olha o urubu” passou ao nosso lado. Então eu perguntei, urubu é inimigo de quem voa, né, Marcos? Na verdade nós somos os inimigos deles, a gente é quem invade o espaço deles – respondeu o sábio Marcos.

 

“Toma!” pensei comigo. Imediatamente me veio a mente isso aqui...

 

Mateus 7.1-2: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também.”

 

 

Pela Cruz,

Carlos Henrique

 

Ps.: Urubu é feio ou você é Urubu?

3 comentários:

  1. Puxa, deu para ficar com inveja... Mas não apenas pelo vôo, mas por passar um feriado ao lado de um missionário.

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  2. Não é difícil nos pegarmos com as respostas prontas de julgamento, não é? Seu texto me fez refletir...que ótimo! Bj!

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